No caminho do Irma estão Porto Rico, República Dominicana, Haiti, Cuba e o estado da Florida, nos EUA. Passagem do furacão já provocou pelo menos 10 mortos.
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O furacão Irma mantém-se bastante agressivo na sua passagem pelas Caraíbas, com ventos de quase 300 quilómetros/hora, tendo já provocado a morte de pelo menos 10 pessoas, seis em St. Martin, duas em São Bartolomeu, uma em Anguila e uma criança em Antígua e Barbuda, segundo fontes oficiais.
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Duas pessoas de nacionalidade francesa perderam a vida nas ilhas de St. Martin e São Bartolomeu. O presidente francês Emmanuel Macron utilizou as redes sociais para lamentar o que está a acontecer dizendo que este furacão vai ser duro e cruel.
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Antígua e Barbuda foi particularmente atingida pela força do furacão. De acordo com o primeiro-ministro Gaston Browne, a ilha de Barbuda, que tem uma população de cerca de 1700 pessoas, ficou "totalmente destruída" e uma pessoa perdeu a vida.
95% da parte francesa da ilha de St. Martin também ficou destruída com a passagem do Irma. Grande parte da população não tem eletricidade ou água canalizada.
A República Dominicana e o Haiti também se preparam para o furacão que deve passar pelas ilhas esta quinta-feira, tal como Cuba que já começou a retirada de mais de 30 mil turistas da ilha. O furacão deve atingir Cuba na sexta-feira e a Florida na segunda-feira.
O Governo português estima que nas Caraíbas o número de turistas portugueses nas zonas afetadas pelo furacão Irma pode chegar a "algumas centenas". À TSF, o secretário de Estado das Comunidades especificou que há 240 residentes inscritos em São Bartolomeu e 54 em Martinica, nas Caraíbas.
José Luís Carneiro adianta que todos os esforços estão a ser feitos e que está a ser mantido um diálogo com as autoridades locais, consulares e ainda com o gabinete de emergência da União Europeia para procurar mobilizar apoio a quem precise.
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Em Porto Rico, a passagem do Irma deixou sem eletricidade mais de 600 mil pessoas e outras 50 mil ficaram sem água. Segundo a Associated Press, 14 hospitais também ficaram sem eletricidade e estão a funcionar com geradores.
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O furação Irma de categoria 5, o máximo na escala de intensidade dos furacões, está a atingir as Caraíbas e prevê-se que atinja também a Florida, nos Estados Unidos, durante o fim de semana.
As Nações Unidas calculam que podem ser afetadas pelo furacão Irma cerca de 37 milhões de pessoas.
A ONU já enviou uma equipa humanitária para a ilha de Barbados, para ajudar as vitimas do furacão. Foram também destacados funcionários para o norte do Haiti, que pode ser o local mais duramente atingido pela força dos ventos.
A TSF conversou com uma portuguesa que mora a norte de Miami, em Fort Lauderdale. Nos preparativos para a chegada do Irma, Cátia Silva conta que nas lojas começam já a faltar alimentos básicos como água e enlatados. Há também filas nos postos de abastecimento de combustível e muitos já não têm gasolina.
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Como mora longe de casa, Cátia diz que vai ficar em casa, com janelas protegidas, e dar abrigo a amigos que moram mais perto da costa.
Luís Faria, outro português a viver na Florida, em Tampa, é dono de uma empresa especializada em proteção de casas contra furacões e ventos fortes. Diz ter a casa bem protegida e, entrevistado pela jornalista Dora Pires, lembra que nestas alturas o essencial é saber prevenir e adaptar.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou entretanto que na Florida já estão a postos equipas para socorrerem as vítimas deste furacão e vários voos foram cancelados.