Um responsável dos serviços de informações israelitas acusou hoje o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de «utilizar armas químicas» contra a rebelião.
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«Al-Assad usa armas químicas na Síria», afirmou o general Itai Brun, chefe do departamento de investigação e análise na divisão de informações militares do exército israelita, em declarações difundidas na página oficial do exército na rede social Twitter.
«Pupilas contraídas, espuma na boca e outros sinais que vimos atestam a utilização de armas químicas mortais», indicou o general Brun, durante uma intervenção numa conferência internacional sobre segurança, da qual a rádio militar difundiu um excerto.
«Que armas químicas? Aparentemente [gás] sarin», acrescentou, sem precisar como foram efetuadas estas observações.
Os serviços de informações norte-americanas estão a investigar a eventual utilização de armas químicas pelo regime sírio contra os rebeldes, referida por vários países europeus, declarou, na passada quarta-feira, um responsável norte-americano.
De acordo com algumas informações, um agente químico «muito suspeito» poderá ter sido usado durante recentes combates na Síria, mas os serviços secretos continuam a avaliar estes dados, explicou à agência noticiosa francesa AFP o mesmo responsável, que pediu o anonimato.
É possível que armas químicas tenham sido usadas de forma limitada e muito localizada, e não a uma grande escala, acrescentou.
Na semana anterior, diplomatas na ONU, que pediram o anonimato, afirmaram que os países ocidentais tinham «provas sólidas» que armas químicas foram usadas, pelo menos uma vez, no conflito sírio. O regime e os rebeldes acusam-se mutuamente de usarem armas químicas.
De acordo com o jornal Washington Post e a revista Foreign Policy, que citam responsáveis não identificados, a França e o Reino Unido informaram o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que testes ao solo, conversas com testemunhas e rebeldes mostravam que agentes neurotóxicos tinham sido usados nos arredores de Alepo (norte), Homs (centro) e talvez em Damasco.