Israel desaconselha viagens ao estrangeiro devido a "aumento significativo do antissemitismo"
O Conselho de Segurança Nacional israelita justifica a recomendação com o registo de "ataques que podem pôr em perigo a vida dos israelitas e de judeus em todo o mundo".
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Israel recomendou esta sexta-feira aos seus cidadãos que não viajem para o estrangeiro, invocando "um aumento significativo do antissemitismo" no mundo desde o início da guerra com o movimento islamita palestiniano Hamas, a 7 de outubro.
As autoridades israelitas "constatam um aumento significativo do antissemitismo" e uma "incitação ao antissemitismo", bem como "ataques que podem pôr em perigo a vida dos israelitas e de judeus em todo o mundo", afirmou o Conselho de Segurança Nacional israelita para justificar a sua recomendação.
A 7 de outubro, o Hamas - classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que esta sexta-feira entrou no 28.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 9200 mortos, entre os quais 3826 crianças, segundo um relatório do Ministério da Saúde local.