Um dia depois do acordo de cessar-fogo, o primeiro-ministro israelita admite que não sabe se a trégua com o Hamas será de longo termo. Caso não seja, avisa, a resposta de Israel será «vigorosa».
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Na primeira declaração pública após o entendimento com o Hamas, Benjamin Netanyahu garante que não vai permitir nenhum lançamento de roquetes sem uma resposta forte de Israel.
Em conferência de imprensa, o chefe do governo explicou também que Israel não cedeu aos palestinianos. Netanyahu diz que a única exigência que foi aceite foi ajudar a reconstruir o território da Faixa de Gaza por «razões humanitárias e unicamente» com a condição do controlo ficar nas mãos de Telavive.
O primeiro-ministro israelita faz mesmo uma descrição exaustiva das reivindicações do Hamas: «um porto e um aeroporto em Gaza, a libertação dos prisioneiros palestinianos, uma mediação do Qatar e depois da Turquia, o pagamento do salário dos funcionários e ainda outras exigências» mas, sublinha Netanyahu, o Hamas não conseguiu nada.
Para Netanyahu, «o Hamas não tinha ainda sofrido uma derrota tão grande desde foi criado».
O chefe de governo diz que Israel «destruiu os túneis de ataque, matou perto de mil soldados inimigos, incluindo altos responsáveis do movimento, destruiu milhares de roquetes e centenas de posições de comando, evitou atentados em solo israelita e impediu, através do sistema anti-mísseis, que milhares de israelitas fossem mortos».
Falando ao lado do ministro da Defesa e do Chefe de Estado Maior, Netanyahu sublinhou ainda que nesta altura «é muito cedo para perceber se a calma regressou em permanência», mas deixa o aviso: não vai tolerar «nem um tiro contra Israel», porque aí «a resposta será muito mais forte».