O presidente israelita, Shimon Peres, rejeitou hoje as acusações do homólogo libanês que disse que o atentado de ontem em Beirute tinha «a marca de Israel».
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«Estou surpreendido por mais uma vez o presidente libanês ter afirmado que Israel é responsável. Porque olha ele para Israel, quando o Hezbollah destrói o Libano e mata pessoas na Síria sem a aprovação do Governo libanês?», afirmou Shimon Peres, de acordo com o porta-voz da presidência.
O Hezbollah, movimento xiita libanês, é um aliado do regime do presidente Bashar al-Assad e combate ao lado das tropas de Damasco a rebelião na Síria.
«Israel não tem nada a ver com a situação no Líbano», sublinhou Peres, por ocasião de um encontro, em Jerusalém, com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Um atentado com um veículo armadilhado destruiu um reduto do Hezbollah, na periferia sul de Beirute, e causou pelo menos 22 mortos e mais de 300 feridos, de acordo com um novo balanço da polícia libanesa, hoje divulgado.
O presidente libanês, Michel Sleiman, afirmou que o ataque tinha «a marca de Israel», inimigo do Hezbollah, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Israel e União Europeia.
O ataque foi reivindicou por um pequeno grupo totalmente desconhecido, alegadamente de rebeldes sírios.
Ontem, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, através de um comunicado «condenou fortemente» o atentado e pediu a todos os libaneses que se mantenham unidos, em torno das instituições do Estado, com o objetivo de preservar a segurança e a estabilidade do país.