Forças de defesa israelista lemba que não existe "qualquer compromisso para fornecer eletrecidade ao Hamas".
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Israel nega a existência de uma crise humanitária em Gaza, depois de a ONU ter alertado esta terça-feira para o risco iminente de mortes por infeções em Gaza devido ao abastecimento mínimo de água desde o início da guerra com o Hamas.
"Não temos qualquer compromisso para fornecer eletricidade ao Hamas. Eles atacaram-nos", começa por dizer o porta-voz das forças de defesa israelita, Richard Hecht, em entrevista à BBC.
"Há anos que controlam a Faixa de Gaza, têm eletricidade própria. Também vejo água nas zonas de Gaza, onde pedimos às pessoas para saírem, por isso, não há nenhuma crise neste momento", acrescenta.
Numa atualização da informação sobre a Faixa de Gaza, a ONU disse que Israel autorizou, até agora, o abastecimento de menos de 4% da água consumida pela população antes do início da guerra com o movimento islamita.
O risco de mortes por infeções "é iminente se a água e o combustível não forem imediatamente autorizados a entrar no enclave palestiniano", afirmou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa).
Após o ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, que provocou mais de 2400 mortos em 7 de outubro, Israel anunciou o corte no fornecimento de água, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza.