Israel rejeitou hoje um relatório de peritos, encomendado pela ONU, que exige a suspensão imediata da colonização dos territórios palestinianos, por considerar o documento «parcial e prejudicial aos esforços para encontrar uma solução para o conflito».
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«Medidas contraprodutivas, como este relatório, só vão contribuir para minar os esforços para encontrar uma solução durável para o conflito israelo-palestiniano», afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita em comunicado.
O relatório - de peritos independentes e efetuado a pedido do Conselho dos Direitos Humanos da ONU - pede, além da suspensão imediata da construção de colonatos nos territórios palestinianos ocupados, a retirada progressiva de todos os colonos.
De acordo com o documento, publicado em Genebra, um «número importante de direitos humanos dos palestinianos são violados de diferentes formas devido à existência destes colonatos».
«Em conformidade com o artigo 49 da quarta convenção de Genebra, Israel deve terminar qualquer atividade de povoamento nos colonatos, sem condições prévias. Deve ter início imediato um processo de retirada de todos os colonos dos territórios ocupados», sublinha o relatório nas recomendações.
O documento será submetido a 18 de março aos 47 Estados membros permanentes do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
O Conselho tinha mandatado «uma missão internacional independente para estabelecimento dos factos», para estudar os efeitos dos colonatos nos territórios palestinianos. A missão integra três peritos, a francesa Christine Chanet, a paquistanesa Asma Jahangir e Unity Dow, do Botswana.