O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, mostrou-se disposto a desbloquear 350 milhões de euros de fundos estatais líbios que estão congelados em Itália.
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Numa conferência de imprensa conjunta com o dirigente do Conselho Nacional de Transição (CNT) Mahmud Jibril, Berlusconi anunciou também que na próxima segunda-feira será assinado em Benghazi um acordo entre o grupo petrolífero italiano ENI e representantes do governo interino líbio para fornecimento de gás e gasolina à população local.
Quanto aos 350 milhões de euros, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Franco Frattini, explicou à France Presse que a soma será avançada ao CNT pela Itália na próxima semana tendo como garantia os bens líbios congelados em bancos italianos.
Um porta-voz do governo precisou que o descongelamento dos fundos líbios «só poderia ser feito através de um acordo europeu ou no seio da ONU».
Berlusconi afirmou que durante a reunião com Jibril falou-se do «elevado número de mortos provocados pela guerra e da precária situação que se vive em Tripoli, onde falta até a água.
«Esperamos muito» da comunidade internacional, dado que «precisamos de ajuda urgente», declarou Mahmud Jibril, indicando que há pessoas não recebem salários há meses.
A visita de Jibril a Itália decorreu no âmbito de uma deslocação diplomática que o levou na quarta-feira a Paris, onde se reuniu com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. O dirigente do CNT vai ainda à Turquia para uma reunião do Grupo de Contacto sobre a Líbia.