A comissão parlamentar de comunicação social britânica quer ouvir de novo James Murdoch, filho do magnata dos 'media' Rupert Murdoch, pelo seu papel no escândalo das escutas telefónicas no jornal News of the World.
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Segundo o parlamentar trabalhista Tom Watson, é «provável» que James Murdoch seja chamado de novo à comissão na sequência de novas revelações sobre o caso.
Ouvido em julho na comissão, James Murdoch, 38 anos, declarou que não tinha conhecimento de um e-mail que indicava que as escutas no seio do tablóide News of the World eram uma prática comum.
Dois outros testemunhos disseram o contrário: o de Colin Myler, um antigo redator do jornal acusado de envolvimento nas escutas nos anos 2000 e Tom Crone, ex-director dos assuntos jurídicos do grupo britânico News International.
Os dois homens, que responderam por escrito a questões da comissão, asseguram que James Murdoch teve conhecido do e-mail que falava em práticas generalizadas de escutas no seio do referido jornal, encerrado em Julho.
Segundo o presidente da comissão, John Whittingdale, «há diferenças» entre o que dizem uns e outros.
O mesmo elemento considerou, no entanto, pouco provável que o próprio Rupert Murdoch seja chamado de novo ao Parlamento.
James Murdoch é o responsável pelas actividades na Europa e na Ásia do grupo controlado pela família Murdoch.
A mesma comissão parlamentar divulgou hoje uma carta do jornalista Clive Goodman, condenado por escutas ilegais em 2007, revelando que Andy Coulson, que foi director de comunicação do primeiro-ministro britânico, David Cameron depois de ter sido chefe de redacção do News of the World, tentou abafar o escândalo prometendo dar-lhe de novo emprego se não comprometesse o jornal em tribunal.