O fundador da WikiLeaks insta Paris a reagir à espionagem, prometendo também novas informações "mais importantes".
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"Os interesses económicos e políticos da França estão em jogo, a sua soberania não pode ser espezinhada, isso seria uma verdadeira vergonha", afirmou, na estação televisiva privada francesa TF1, o fundador do 'site' que divulga informações secretas, considerando que "chegou o momento de a França ordenar um inquérito parlamentar e iniciar procedimentos judiciais".
Julian Assange defendeu igualmente que "as potências mundiais estão a ver qual será a reação da França".
"Se for a política da avestruz, neste contexto, isso será um sinal claro para os Estados Unidos e para outros países como a Rússia e a China", sustentou.
Entrevistado a partir da embaixada do Equador em Londres, onde se encontra refugiado há três anos, Assange afirmou que "os documentos mais importantes estão ainda por revelar", após a publicação por dois meios de comunicação social franceses de documentos Wikileaks revelando que os Estados Unidos espiaram os três últimos Presidentes franceses: Jacques Chirac (1995-2007), Nicolas Sarkozy (2007-2012) e François Hollande (2012-).
"Temos outras informações que serão divulgadas no momento oportuno. Do ponto de vista político, o que vai ser revelado será muito mais importante que o que tornámos público até agora", frisou.