Porta-voz do Kremlin disse que as medidas tomadas pela Finlândia para aderir à NATO são razão para impor uma resposta simétrica.
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O Kremlin afirmou, esta quinta-feira, que a possibilidade de a Finlândia aderir à NATO é "definitivamente" uma ameaça para a Rússia e que a expansão do bloco militar não tornará a Europa nem o mundo mais estáveis.
Em declarações aos jornalistas durante uma conferência de imprensa, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as medidas tomadas pela Finlândia para aderir à NATO são razão para impor uma resposta simétrica.
O porta-voz do Kremlin disse ainda que a Rússia irá analisar a situação e as medidas necessárias para garantir a sua segurança.
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"Claro que tudo isto se tornará elemento para uma análise especial e desenvolvimento das medidas necessárias para equilibrar a situação e garantir a nossa segurança", afirmou Peskov, citado pela agência russa TASS.
O Presidente e o primeiro-ministro da Finlândia sublinharam que o país deve candidatar-se à aliança militar da NATO "sem demora".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Pekka Haavisto, afirmou mesmo no Parlamento Europeu, em Bruxelas, que Helsínquia dará "valor acrescentado" à NATO, cuja adesão foi defendida esta quinta-feira pelo Presidente e pela primeira-ministra do país escandinavo.
"Estou convicto que a Finlândia dará valor acrescentado à NATO", disse o chefe da diplomacia finlandesa, intervindo na comissão de Assuntos Externos no Parlamento Europeu.
Pekka Haavisto salientou que a organização ficará fortalecida com este novo aliado. Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no passado dia 24 de fevereiro, que a Finlândia e a Suécia começaram a ponderar o abandono da neutralidade histórica e aderir formalmente à NATO.
A potencial entrada da Finlândia na NATO constitui a maior alteração na política de defesa e de segurança do país nórdico desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando travou duas guerras contra a União Soviética.