Marcelo Rebelo de Sousa vê a adesão da Finlândia à NATO com bons olhos e considera que significará um reforço da Europa.
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Marcelo Rebelo de Sousa vê a adesão da Finlândia à NATO com bons olhos e considera que significará um reforço da Europa.
"É um motivo de reforço da solidariedade europeia. A Europa não é só a União Europeia, vai além disso. É mais vasta a Norte, como é o caso da Finlândia e da Suécia, e dos países a leste. O facto de haver países europeus que realmente integram a UE mas querem integrar a NATO e países europeus que não integram a UE nem a NATO mas querem aproximar-se é um reforço em termos europeus", explicou Marcelo.
O chefe de Estado lembrou também que esta é uma decisão livre, uma vez que cada país é soberano e pode decidir o seu destino.
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"A confirmar-se essa notícia há um estado que considera melhor para a sua segurança passar a pertencer a uma aliança defensiva que tem como objetivo reforçar a sua segurança. A soberania é o facto de cada país poder, livremente, decidir sobre a sua segurança. É uma opção dos povos. Ou há ou não há soberania", afirmou o Presidente da República.
Para a Rússia, o facto de a Finlândia estar a caminho da NATO é uma ameaça para o país, trazendo de novo o receio de uma guerra nuclear. Um cenário "implausível" que, para já, Marcelo não quer equacionar.
"Penso que é pacífico há décadas que o poder nuclear não é dos que se possa utilizar de ânimo leve. Primeiro pelas consequências terríveis para a humanidade e segundo pela dispersão dos poderes nucleares. Abrir a corrida ao nuclear é abrir a corrida para muitos", defendeu o chefe de Estado.
Por fim, sobre a lei de emergência sanitária em Portugal, Marcelo afirmou que assim que for aprovada será enviada para o Tribunal Constitucional para que não restem dúvidas.
"A grande vantagem da lei de emergência sanitária é acabar com as dúvidas que alguns tinham. Não há nada como perguntar ao Tribunal Constitucional se, olhando para esta lei, vê alguma razão de inconstitucionalidade", acrescentou.