Dmitry Peskov referiu-se ao que considerou o "forte caráter antirrusso" da cimeira, na qual a Ucrânia deverá receber garantias relativamente às aspirações de adesão à organização.
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O Kremlin afirma estar a acompanhar "de muito perto" a cimeira da NATO que começou esta terça-feira em Vílnius, acrescentando que a entrada da Suécia na organização tem "consequências negativas" para a segurança da Rússia.
Trata-se da primeira declaração do Kremlin após a Turquia ter na segunda-feira dado o seu acordo ao envio para ratificação parlamentar do protocolo de adesão da Suécia na Aliança Atlântica.
Esta decisão vai ter "consequências negativas", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov frisando que a Rússia vai tomar as medidas "previstas e que estavam planificadas".
O Kremlin referiu-se ainda ao que considerou o "forte caráter antirrusso" da cimeira, na qual a Ucrânia deverá receber garantias relativamente às aspirações de adesão à organização.
"Esta é, inequivocamente, uma cimeira da Aliança (Atlântica) com um forte caráter antirrusso. A Rússia é vista como um inimigo, um adversário, e é nesta perspetiva que as discussões vão ter lugar", declarou ainda Dmitry Peskov, aos jornalistas.
A cimeira da NATO, que começou esta terça-feira na Lituânia, está centrada no apoio à Ucrânia contra a invasão russa e na adesão da Suécia à Aliança Atlântica, bem como no reforço dos meios militares dos aliados contra futuras ameaças.
O reforço das capacidades de dissuasão e defesa da Aliança é um dos principais temas da cimeira, que junta os 31 atuais membros para analisar uma revisão do modelo de organização militar e novos planos regionais - um plano cuja relevância foi fortalecida pela invasão russa da Ucrânia iniciada em fevereiro do ano passado.
A cimeira servirá para discutir ainda o reforço do investimento dos aliados, para dar resposta a este plano, bem como para suprir as necessidades da Ucrânia no seu esforço de guerra.