O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo e a mulher, Simone, foram acusados e detidos preventivamente por «crimes económicos», anunciou o procurador da República de Abidjan.
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Gbagbo foi acusado na quinta-feira de «crimes económicos», nomeadamente «roubo agravado, atentado à economia do país, desvio de fundos públicos e saque», afirmou à imprensa Simplice Louadio Koffi.
Em prisão domiciliária em Odienné, no noroeste da Costa do Marfim, a antiga primeira-dama foi acusada na terça-feira de «crimes económicos», incluindo extorsão, tendo sido detida preventivamente, adiantou Koffi.
O antigo casal presidencial foi detido a 11 de Abril pelas forças do actual chefe de Estado, Alassane Ouattara, com o apoio de França, na sequência de um conflito desencadeado pela recusa de Gbagbo em reconhecer a derrota nas eleições presidenciais nas eleições de Novembro de 2010. Na crise, morreram pelo menos três mil pessoas.
Quarenta e uma pessoas, incluindo Laurent e Simone e boa parte do antigo governo, foram acusados de atentar contra a segurança do Estado ou por crimes económicos. Cerca de 60 militares foram também acusados, sendo que 40 estão detidos nos campos militares de Korhogo e Abidjan.
O governo de Alassane Ouattara espera que o Tribunal Penal Internacional, que ainda não abriu oficialmente um inquérito sobre a crise pós-eleitoral na Costa do Marfim, acuse o antigo casal presidencial e transfira o caso para Haia.