A Libéria decidiu encerrar as escolas «sem exceção», para tentar travar a propagação do Ébola no país e em outros países vizinhos da África Ocidental, anunciou hoje a Presidente Ellen Sirleaf Johnson.
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«Todas as escolas, sem exceção, têm ordem para encerrar até novas diretrizes do Ministério da Educação», declarou a chefe de Estado liberiana, num discurso transmitido na televisão estatal.
«Todos os mercados em zonas fronteiriças» com a Serra Leoa, Guiné-Conacri e Costa do Marfim têm igualmente «ordem de encerramento até nova ordem», acrescentou Ellen Sirleaf Johnson.
A líder liberiana também anunciou que «todos os funcionários não essenciais» dos Ministérios e das estruturas administrativas devem meter «uma licença obrigatória de 30 dias» e que «sexta-feira, 1 de agosto» foi «declarado feriado para permitir uma desinfestação dos edifícios públicos».
Na mesma intervenção, Ellen Sirleaf Johnson indicou que a Libéria, onde o vírus do Ébola já matou 129 pessoas em 249 casos, vai desbloquear cinco milhões de dólares (mais de 3,7 milhões de euros) como «a primeira contribuição» para a luta regional contra a epidemia.
«O Ébola é real, o Ébola é contagioso, o Ébola mata», salientou a chefe de Estado, pedindo a todos os liberianos para tomarem todas as medidas necessárias de forma a evitar o contágio do vírus.
O surto surgido no início do ano foi declarado primeiro na Guiné-Conacri, antes de se estender à Libéria e depois à Serra Leoa, países que, a 23 de julho, totalizavam 1.201 casos e 672 mortes, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).