O ministro do Petróleo e Finanças insurgente, Ali Al Tarhuni, confirmou que o chefe de Estado-maior dos rebeldes líbios, Abdel Fatah Yunes, foi assassinado pela brigada Abu Obiada Al Yara.
Corpo do artigo
O general Abdel Fatah Yunes, antigo fiel do regime líbio que depois se tornou comandante militar dos rebeldes, foi assassinado na quinta-feira em circunstâncias que ainda continuam por esclarecer.
Em conferência de imprensa em Benghazi, cidade berço da revolta popular contra o regime de Muammar Kadhafi, o ministro rebelde confirmou que o corpo do general foi encontrado na sexta-feira parcialmente queimado.
As declarações de Ali Al Tarhuni parecem corroborar as suspeitas lançadas pelos homens mais próximos do general Yunes, que apontaram o dedo à brigada rebelde Abu Obaida al Yara, comandada por Ahmed Abu Jatala, como possivelmente envolvida na sua morte.
O ministro do Petróleo e Finanças nomeado pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) também confirmou que aquela brigada foi encarregada de deter o comandante Abdel Fatah Yunes na quarta-feira passada.
No entanto, também na sexta-feira, um dirigente rebelde líbio responsabilizou Muammar Kadhafi pelo assassínio do general Yunes. «A intervenção de Kadhafi é muito clara neste caso», afirmou o dirigente, citado pela agência France Presse sob condição de anonimato.
Abdel Fatah Yunes foi ministro do Interior de Khadafi, tendo desertado para o movimento rebelde em Fevereiro.