O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, afirmou em Lisboa que, se começasse hoje a missão na Líbia, a aliança «não faria nada diferente».
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«Não penso que fizéssemos alguma coisa de forma diferente», disse Rasmussen numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
Rasmussen explicou que a NATO «foi muito cautelosa» na forma como conduziu as operações e «não tem informações provadas de vítimas civis». Referiu ainda que não houve necessidade de recorrer a forças terrestres.
«A missão foi um sucesso», disse Rasmussen, sublinhando que se evitou «um massacre e foram salvas muitas vidas».
Dirigindo-se a Muammar Kadhafi e aos seus apoiantes, Rasmussen afirmou que «não se ganha nada com mais luta».
«A missão da NATO continuará enquanto houve ameaça e nem mais um minuto», afirmou.
Sobre o futuro da Líbia, o secretário-geral da NATO declarou que cabe agora ao Conselho Nacional de Transição e ao povo líbio construí-lo».
Por seu turno, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, considerou que «o prestígio da NATO sai reforçado» desta missão e destacou «a atitude cooperante» a aliança com o povo líbio.
Paulo Portas afirmou ainda que «Portugal sai prestigiado» da reforma da estrutura de comandos da NATO.
Segundo o governante, a nova estrutura militar da organização inclui a transferência para Portugal, em substituição do Comando de Oeiras, de «importantes entidades da Aliança», a designada STRIKEFORNATO e a Escola de Sistemas de Informação e Comunicação.