O líder dos socialistas gregos (PASOK), Evangelos Venizelos, disse hoje que foram alcançados alguns progressos no sentido da formação de um futuro governo de coligação.
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«Demos um primeiro passo», afirmou o líder do PASOK, após um encontro com o partido Dimar, um pequeno partido de centro-esquerda que conquistou 19 lugares parlamentares nas eleições de domingo passado.
Evangelos Venizelos declarou ainda que o encontro com o líder do Dimar, Fotis Kouvelis, foi um «bom presságio».
Por sua vez, Kouvelis referiu que a sua força política apoia a formação de um «governo ecuménico», cuja missão será «manter o país na zona euro».
O apoio do Dimar poderá ser determinante para assegurar uma maioria no Parlamento helénico e a constituição de um governo de coligação na Grécia, depois de duas tentativas de negociação fracassadas.
Nas eleições legislativas de domingo passado, a maioria do eleitorado grego votou nos partidos políticos que rejeitam a austeridade dos memorandos de entendimento com a troika da UE, FMI (Fundo Monetário Internacional) e BCE (Banco Central Europeu).
Depois de o partido vencedor das eleições, Nova Democracia (conservador, pró-memorando), ter desistido de tentar formar novo executivo, a coligação da esquerda radical Syriza, a segunda formação mais votada, anunciou quarta-feira ter fracassado na tentativa de formar governo.
Os socialistas moderados gregos do PASOK, que foram a terceira força política mais votada, foram entretanto mandatados para a terceira tentativa de formar um governo de coligação na Grécia.
Se o PASOK não conseguir reunir uma maioria parlamentar que lhe permita formar um governo de coligação, Carolos Papoulias deverá reunir os líderes dos sete partidos com assento parlamentar e apelar à constituição de um executivo de unidade nacional.
Caso este governo de iniciativa presidencial também não tenha sucesso, a Grécia deverá ir de novo a eleições, que deverão ocorrer, com maior probabilidade, entre 10 e 17 de junho.
No novo Parlamento, que saiu das eleições de domingo, a ND tem 108 deputados, a Syriza 52, o PASOK 41, o partido nacionalista dos Gregos Independentes 33 deputados e o Partido Comunista 26, enquanto os neonazis do Amanhecer Dourado asseguraram 21 deputados e o Dimar um total de 19.