O líder do partido da esquerda radical e europeísta, Alexis Tsipras, que garantiu o segundo lugar nas legislativas de domingo, excluiu hoje a participação numa coligação que apoie o memorando de ajustamento ditado pelos credores internacionais.
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«O veredito do povo (...) exclui um governo que aplique o memorando [o programa de austeridade imposto a Atenas pela União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional para a concessão de uma ajuda financeira] e o acordo sobre o empréstimo», declarou Tsipras após ter recebido do chefe de Estado um mandato de três dias para tentar formar um governo.
Na segunda-feira, Antonis Samaras, líder da Nova Democracia (ND, conservadora), o partido mais votado no escrutínio mas longe da maioria absoluta, não conseguiu obter os apoios necessários para a formação de um executivo de coligação.
Tsipras defendeu a formação de uma coligação anti-austeridade com outros partidos de esquerda e destinada a revogar as novas leis laborais exigidas pelos credores e consideradas pela Syriza como um ataque aos direitos dos trabalhadores.
«Os cidadãos votaram em massa contra a bárbara política dos acordos sobre os empréstimos ao país. E querem impedir os planos para a aplicação de mais 77 medidas de austeridade em junho, os planos para despedir 150 mil funcionários públicos e os cortes adicionais avaliados em 11,5 mil milhões de euros», referiu na declaração.