Os líderes republicanos da Câmara de Representantes e do Senado estão «confiantes» num acordo para o aumento do endividamento que evite a falha no pagamento das dívidas.
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«O senador McConnell e eu estamos confiantes de que vamos chegar a acordo com a Casa Branca», disse este sábado o líder dos republicanos da Câmara de Representantes, John Boehner, em conferência de imprensa no Capitólio, num momento em que as negociações permanecem num impasse.
Boehner acrescentou que apesar das diferenças entre republicanos e democratas, crê estar a lidar «com pessoas razoáveis, responsáveis que querem pôr termo à crise tão rapidamente quanto possível», afirmando ter confiança que é isso que vai acontecer.
McConnell [líder da minoria conservadora do Senado] garantiu que a última proposta do líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, chumbada este sábado pela Câmara dos Representantes, «não será adoptada no Senado».
«Deveríamos pôr fim a esta paródia e voltar à seriedade», sublinhou McConnell.
O responsável acrescentou ter falado com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o vice-presidente, Joe Biden, sublinhando que pode haver um acordo «num futuro muito próximo».
Boehner rejeitou qualquer responsabilidade dos republicanos no bloqueio, imputando-a a Obama.
«Os republicanos tinham um acordo sólido no domingo passado. E foi o presidente que o bloqueou. Já é tempo para o presidente nos dizer como sair deste beco sem saída ao qual nos conduziu», sublinhou.
As duas câmaras do Congresso têm estado este fim-de-semana numa maratona para tentar encontrar um acordo até terça-feira, dia em que termina o prazo fixado pelo Tesouro para o aumento do endividamento norte-americano de 14,294 mil milhões de dólares e o alcance de um compromisso para uma política de redução dos défices.