O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, afirmou, hoje no Cairo, que há «indícios que demonstram uma mudança na posição da China e da Rússia face à crise na Síria», noticiou a agência EFE.
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Em conferência de imprensa conjunta com o presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas, Nasir Abdulaziz al Naser, do Qatar, o dirigente da liga defendeu a iniciativa árabe para a passagem do poder na Síria, que foi vetada pela China e pela Rússia no Conselho de Segurança da ONU.
Al Arabi referiu que a proposta de criar uma força de paz conjunta entre a Liga Árabe e as Nações Unidas está «sobre a mesa» e será analisada na conferência de amigos da Síria, prevista para a próxima sexta-feira, na capital tunisina.
Nesse sentido, adiantou que mantém um contacto contínuo com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para nomear um enviado especial para a Síria conjunto às duas organizações.
A referida missão será integrada, segundo Al Arabi, por um maior número de elementos do que a anterior delegação enviada pela Liga Árabe, que suspendeu o seu trabalho nos finais de janeiro, devido ao aumento da violência na Síria.
Por seu turno, Naser manifestou esperança de que o Conselho de segurança da ONU «cumpre o seu papel», numa alusão a que aprove o envio de uma força de paz conjunta.
Naser lamentou que o referido órgão tenha ficado «bloqueado» face à crise síria, enquanto Al Arabi criticou o sistema de veto no Conselho de Segurança e defendeu a sua arevisão.
O presidente da Assembleia Geral da ONU destacou que os países árabes mantêm contactos com a Rússia e com a China para que mudem de posição relativamente à Síria.