Francisco Louçã está em Angola. O economista conta que o caso que envolve os presos políticos, entre os quais, o rapper Luaty Beirão, em greve de fome há mais de 20 dias, é comentado não só em Luanda, mas um pouco por todo o país.
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Angola aguarda com expectativa o discurso de José Eduardo dos Santos na abertura de mais uma sessão legislativa. O caso de Luaty Beirão e dos restantes presos políticos é um dos temas quentes, que tem marcado os dias antes da cerimónia, marcada para esta quinta-feira.
Isso mesmo relatou à TSF Francisco Louçã. A partir de Luanda, onde se encontra a dar aulas numa instituição privada de ensino superior, o antigo dirigente do Bloco de Esquerda diz que este é um caso é muito comentado, quer na capital, quer noutras cidades angolanas.
A projeção e nível internacional está a pressionar o regime a pronunciar-se, por isso Louçã conta que as palavras de José Eduardo dos Santos vão ser escutadas com muita atenção.
Sobre o situação específica de Luaty Beirão, Francisco Louçã fala em urgência humanitária. Este, diz, é um caso que exige uma resposta rápida, antes que seja tarde de mais.
Analisando de forma mais generalizada a prisão de 15 ativistas, Francisco Loução acredita que este episódio marca uma diferença na luta de oposição ao regime. Loução realça que se trata de uma "guerra" pacífica, que envolve jovens, a camada da sociedade mais preocupada com as questões políticas e de liberdade.