Philippe Fernandes trabalha numa empresa que fica a um quilómetro da fábrica que hoje foi alvo de ataque terrorista, em Saint Quentin Fallavier, próximo da cidade de Lyon.
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Philippe diz que quando se deram as explosões não se apercebeu do que estava a acontecer. Só tomou conhecimento do ataque quando as pessoas da empresa em que trabalha e de outras vizinhas foram avisadas pelas autoridades que as escolas, onde andam os filhos, tinham sido fechadas.
Entretanto, o jovem luso-descendente, que é designer gráfico, foi recebendo relatos do acontecimentos.
"Os dois "gajos" vieram de carro, que pararam à frente da empresa. Abriram botijas de gás e depois aquilo explodiu. Entretanto os bombeiros chegaram e interpelaram um dos dois, o outro foi-se embora. Agora já sabemos que os dois já foram interpelados".
Sobre a pessoa que foi decapitada dentro da fábrica, Philippe diz que "aquilo que sabemos é que tinha inscrições em árabe pintadas na cara e que ao lado estavam bandeiras do DAESH [a transcrição da sigla árabe do nome ISIS]".
Philippe Fernandes diz que a localidade continua em estado de sítio. "Está tudo cercado. Nós ouvimos dizer que há várias empresas que fecharam, as pessoas estão lá dentro e não podem sair. Há um perímetro de segurança, há polícias, há helicópteros, há tudo, está tudo cercado".