Macron anuncia criação de "novo padrão para preços do gás" e alargamento do mecanismo ibérico
Presidente francês afirmou que há também vontade de baixar o preço da eletricidade e, por isso, decidiram alargar o mecanismo ibérico à União Europeia.
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A crise energética dominou a reunião dos 27 esta sexta-feira em Bruxelas, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a definir a redução do preço do gás como principal objetivo e a anunciar medidas concretas como a criação de um "novo padrão para os preços do gás" e o alargamento do mecanismo ibérico a toda a União Europeia.
"O primeiro objetivo é baixar o preço do gás e para isso precisamos de um termómetro mais honesto. Temos de estabelecer um novo padrão de preços que permitirá ter um indicador em tempo real mais honesto do que o índice TTF. Hoje há uma enorme especulação neste mercado. Chegámos a acordo sobre a criação de um novo índice", revelou Macron.
Além disso, o chefe de Estado francês afirmou que há também vontade de baixar o preço da eletricidade e, por isso, decidiram alargar o mecanismo ibérico.
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"Teremos de fazer uma avaliação das vantagens e inconvenientes deste mecanismo. Isso foi o que nos permitiu, em Espanha e Portugal, um impacto que foi desde logo medido. Há uma dificuldade em alargar este mecanismo ao nível europeu, mas cria valor e é positivo para todos os europeus. Todas as análises mostram que irá permitir baixar o preço da eletricidade e consolidar a baixa do preço do gás. O modelo depende do próprio sistema de produção de eletricidade do próprio país", explicou o Presidente francês.
Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu que foram propostos vários passos com o objetivo de acabar com a especulação e aliviar os custos financeiros da energia ao nível da União Europeia.
"Iremos também trabalhar para criar um segundo índice complementar que reflita melhor a mobilidade do mercado. Isto mostra quanta especulação existe nestes picos de preços que queremos moderar. Estamos a ver uma segmentação parcial do gás, a melhor maneira de equilibrar os preços entre todos os estados-membros", acrescentou Ursula von der Leyen.