Mais de 44 mil viagens desde 2022: jatos de 200 celebridades voaram o equivalente a 11 anos

Desde o início do último ano, os aviões privados de duzentas celebridades, CEO's, oligarcas e bilionários realizaram perto de 45 mil viagens, provocando um nível de poluição semelhante ao de 40 mil britânicos.

Ao todo, estes jatos estiverem no ar o equivalente a 11 anos, avançou esta terça-feira o jornal The Guardian, que analisou dados públicos para rastrear os voos de personalidades como Elon Musk, Roman Abramovich e até mesmo os Rolling Stones.

Precisamente, entre os aviões mais poluentes está o Boeing 767, pertencente à banda de Mick Jagger, que produziu mais de cinco mil toneladas de CO2, o equivalente a 1763 voos de ida e volta entre Londres e Nova Iorque.

Lawrence Stroll, o bilionário proprietário da equipa de Fórmula 1 Aston Martin, fez o maior número de viagens de 15 ou menos minutos, tendo registado um total de 1512 voos desde 2022.

A concretização destas viagens, que causam elevados níveis de poluição, tem sido cada vez mais alvo de críticas. Algumas figuras públicas, que têm sido julgadas pelo uso regular de aviões particulares, mudaram os hábitos: por exemplo, Taylor Swift passou de 19 para apenas dois voos por mês.

No total, os quase 300 jatos privados emitiram cerca de 415.518 toneladas de CO2 sem que, contudo, todas as viagens tenham tido o proprietário a bordo. Na realidade, quase 40% dos voos não contava com a presença de qualquer passageiro, já que frequentemente estes se deslocam precisamente para ir buscar pessoas.

O The Guardian aponta ainda que desde a pandemia de Covid-19 houve um aumento "acentuado" no recurso aos jatos particulares, sendo que na Europa a sua utilização atingiu o nível mais elevado desde o pico de 2007. As previsões apontam igualmente que a venda de aviões privados deverá atingir o valor mais elevado de sempre ainda este ano.