É já considerada a jornada mais mortífera desde o início da ofensiva israelita. Pelo menos 100 palestinianos morreram hoje, enquanto o exército israelita admitiu a morte de 13 soldados.
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou hoje três dias de luto na Cisjordânia em solidariedade com «os mártires» da Faixa de Gaza, onde a operação militar israelita já fez 438 mortos e 3.000 feridos.
Segundo a agência oficial palestina Wafa, o governo decretou três dias de luto pelos «mártires do povo na Faixa de Gaza e pelos mártires de Charjaya, cujo massacre que foi cometido pelo governo de Israel na madrugada de hoje».
As bandeiras vão ondular a meia haste e o comércio permanecerá encerrado em sinal de luto, após a morte de pelo menos 100 palestinianos nos ataques israelitas a Gaza, no dia mais sangrento desde que, a 8 de julho, o exército israelita lançou a ofensiva contra a Faixa de Gaza.
Do lado israelita, o exército admitiu a morte de 13 soldados e 50 feridos em consequência de confrontos com milícias palestinianas em Charjaya. O exército israelita, que ainda não difundiu a identificação das vítimas, mas já notificou os familiares.
A Liga Árabe fala em crime de guerra e a Cruz Vermelha diz que se trata de uma catástrofe humanitária.
Israel defende-se acusando o Hamas de utilizar civis como escudos humanos. Em entrevista à CNN este domingo, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu lamentou as baixas civis, mas mantém que Israel visa alvos militares.
Netanyahu disse ainda que a operação está a processar-se muito rapidamente e que o objetivo é destruir os túneis utilizados pelo Hamas.