Mais de mil pessoas marcharam hoje em Banguecoque contra o golpe de Estado, numa mobilização sem precedentes na Tailândia, depois da tomada de poder pelos militares há três dias.
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Depois de um tenso impasse com os soldados num bairro comercial da capital, os manifestantes desfilaram encorajados pelos transeuntes, apesar da advertência da junta militar que proibiu encontros que reunissem mais de cinco pessoas.
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O Conselho Nacional para a Paz e Ordem, nome oficial da junta militar, criou um novo Governo formado por generais, o qual pretende levar a cabo reformas políticas e económicas, embora, até ao momento, não tenha definido um prazo para "devolver" o poder a um Governo civil.
Segundo o chefe do Exército e autoproclamado primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, o golpe de Estado visa evitar uma escalada de violência entre os manifestantes pró e antigovernamentais que estavam concentrados em diversos pontos da cidade.
O golpe de Estado foi condenado por grande parte da comunidade internacional, incluindo pelos Estados Unidos, que cancelaram um exercício militar bilateral, as visitas de responsáveis que estavam previstas e a ajuda em matéria de defesa à Tailândia.