A jovem ativista paquistanesa, de 15 anos, atingida a tiro pelos talibã no pescoço e na cabeça está a recuperar e a família que hoje a visitou num hospital em Birmingham, no Reino Unido, fala agora em «milagre».
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«Milagre» foi a palavra utilizada pelo pai de Malala Yousufzai para descrever a recuperação da filha.
«Uma recuperação encorajadora» garante Ziaudin Yousufzai, um pai emocionado que confessa que a família chorou de alegria ao ver a adolescente, que permanece internada num hospital de Birmingham.
A família já não via a menina desde dia 15 de outubro, quando Malala foi transferida para o Queen Elizabeth Hospital.
O pai de Malala desmente os rumores de que a família já não vai regressar ao Paquistão e diz que a filha nunca vai deixar de lutar pelos direitos das mulheres.
«Malala não é só a minha filha, é a irmã de todos», afirma Ziaudin Yousufzai, que vê na indignação que se seguiu ao ataque a Malala um significado: «o ataque marca um ponto de viragem no Paquistão».
A jovem ativista de 15 anos conhecida por ter escrito um diário para a BBC, onde descrevia a vida sob o regime dos fundamentalistas islâmicos, ficou gravemente ferida ao ser vítima de um ataque reivindicado pelos talibãs.
Na altura, o pai de Malala avisou o irmão para preparar o funeral. Agora Ziaudin Yousufzai agradece o tratamento médico e garante que a menina vai voltar para o Paquistão porque, adianta o pai, «caiu temporariamente mas vai levantar-se e continuar em frente apesar das ameaças».