Uma reunião entre os principais chefes dos grupos islamitas que dominam o Norte do Mali, entre os quais a Al-Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI), acabou hoje em Tombuctu, com as relações mútuas consolidadas.
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«O encontro terminou. Eles consolidaram as suas relações», disse à AFP uma fonte de uma delegação de um imã daquela cidade importante do Norte maliano.
A reunião tinha começado na quinta-feira entre o Ansar Dine (Defensor do Islão, em Árabe) e a AQMI, dois grupos aliados e em posição de força na região, sobre a qual o poder central perdeu o controlo, no seguimento do golpe de Estado de 22 de março, na capital, Bamako.
O Movimento para a Unicidade e a Guerra Santa na África Ocidental (MUJAO), que é apresentado como dissidente da AQMI e, como esta, faz raptos na região, acabou por ir também à reunião, acrescentou a mesma fonte.
O MUJAO, cujo chefe esteve presente em Tombuctu, «mantém a sua autonomia, mas já não tem diferendos com os outros grupos», disse uma fonte conhecedora dos termos da reunião, acrescentando que estes «mantêm a mesma ambição de fazer a 'jihad [guerra santa], mas dividiram o terreno».
Várias fontes, concordantes, identificaram entre os participantes Nabil Maklufi, que coordena as "katiba" (células combatentes) da AQMI no Sahel, e dois outros chefes da AQMI, Abu Zeid e Mokhtar Belmokhtar.
A delegação do Ansar Dine foi chefiada pelo próprio líder, Iyad Ag Ghaly.
Entretanto, no sábado, o Ansar Dine e os rebeldes tuaregues organizados no Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA) concluíram um «protocolo de acordo" sobre a sua fusão num designado Conselho Transitório do Estado Islâmico de Azawad», no Norte do Mali.