Os rebeldes tuaregues, que hoje de madrugada tomaram Gao, capital regional do Norte do Mali, cercam hoje Timbuktu, a última cidade da região ainda sob controlo governamental.
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Tiros de armas pesadas visaram hoje de manhã o campo militar de Timbuktu, abandonado pelos soldados, muitos dos quais despiram os uniformes e deixaram as posições em pontos estratégicos da cidade, disseram habitantes contactados por telefone a partir de Bamako.
Milicianos árabes, da influente comunidade árabe local dos Bérabish, tradicionalmente aliados do poder central face aos tuaregues, tomaram posição nas ruas da cidade, nomeadamente perto do aeroporto.
Num comunicado, o Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA), principal integrante da rebelião tuaregue, afirmou que o seu estado-maior cercava a cidade de Timbuktu.
A cerca de 800 quilómetros a nordeste da capital, Bamako, a cidade histórica de Timbuktu, a «pérola do deserto» junto ao rio Níger, está inscrita na lista do património mundial da UNESCO.
Gao, a um milhar de quilómetros a nordeste de Bamako e com perto de 90.000 habitantes, abrigava o estado-maior das forças governamentais para toda a região Norte.
Os rebeldes, que se aproveitaram da desorganização das forças armadas após o golpe de Estado militar de 22 de março contra o presidente Amadou Toumani Touré, têm tido um avanço relâmpago.