Em causa está uma investigação sobre as finanças do Partido Nacional Escocês.
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O marido da ex-primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon, Peter Murrell, foi libertado na quarta-feira à noite sem acusação formal, depois de detido por várias horas por causa de uma investigação sobre as finanças do Partido Nacional Escocês (SNP), informou a polícia.
Em comunicado, a polícia indicou ainda que os agentes efetuaram buscas em "várias moradas no âmbito da investigação" e que será elaborado um relatório a enviar ao Ministério Público.
Sturgeon anunciou a renúncia em fevereiro passado do cargo de primeira-ministra e da liderança do SNP e foi substituída na semana passada por Humza Yousaf, após uma eleição interna.
A ex-líder independente, que mantém o seu lugar no Parlamento de Holyrood (Edimburgo), "cooperará totalmente com a Polícia da Escócia, se necessário, embora nenhum pedido tenha sido feito até o momento", disse na quarta-feira o seu porta-voz.
Após a detenção, o partido emitiu um comunicado a dizer que "não seria apropriado" comentar qualquer investigação policial em andamento, mas adiantou que "coopera totalmente com esta investigação e continuará a fazê-lo".
Peter Murrell demitiu-se de presidente executivo do partido no mês passado, ao assumir a responsabilidade por uma informação errada sobre o número de militantes do SNP, que perdeu 30.000 no espaço de um ano.
A demissão, após mais de 20 anos no posto, aconteceu durante a eleição interna do partido desencadeada por Nicola Sturgeon, que invocou o "impacto físico e mental" sofrido durante oito anos como chefe do governo regional.
O facto de o presidente-executivo do SNP ser marido da líder foi motivo de críticas durante a campanha e levantou rumores sobre irregularidades e desvio de fundos.