O barco, que transportava migrantes ilegais, naufragou quando passava no chamado canal da Sicília, ainda em águas territoriais de Malta. No local ainda estão em curso operações de busca.
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Pelo menos 34 pessoas morreram na sequência de mais um naufrágio no Mediterrâneo. Um balanço inicial, avançado pela agência de notícias Ansa, dava conta de 50 mortos.
Tudo aconteceu quando o barco que transportava migrantes ilegais passava no chamado canal da Sicília, ainda em águas territoriais de Malta.
Navios da marinha de Itália e de Malta continuam as operações de busca e salvamento.
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Já foram resgatados do mar 203 emigrantes ilegais africanos mas a embarcação que naufragou transportava mais de 250 pessoas.
As operações de busca estão a ser coordenadas pelas autoridades de La Valeta com o apoio do italianos. O naufrágio deu-se a cem quilómetros da ilha de Lampedusa, onde fica o centro de acolhimento de refugiados.
O hospital da capital de Malta está em alerta máximo e o primeiro-ministro aproveitou a conversa com os jornalistas para lembrar que este é um problema europeu e não apenas de Itália ou de Malta.
Ainda na quarta-feira, o presidente da comissão Durão Barroso anunciou um reforço de 30 milhões de euros para se ampliarem e melhorarem as condições dos campos de acolhimento destes refugiados que têm como destino a ilha Italiana de Lampedusa, a 250 km da costa líbia.
Só nestes últimos dez meses o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados deu conta da entrada de trinta e duas mil pessoas que fogem de zonas de conflito como a Somália e a Eritreia, mas agora também muitos são originários da Síria.
As embarcações saem superlotadas de África. Cada passageiro paga mil euros por esta viagem que pode ser fatal.
O observatório italiano dos imigrantes diz mesmo que nos últimos 18 anos morreram 6500 pessoas nesta travessia, o que levou esta noite o primeiro- ministro de Malta a dizer que a Europa não pode deixar que o Mediterrâneo se transforme num cemitério.