Milhares de georgianos manifestaram-se, pela segunda vez esta terça-feira, na capital do país, contra a intervenção russa e a favor de uma Geórgia europeia. Entretanto, as duas partes envolvidas do conflito voltaram a apontar números muitos diferentes sobre as vítimas do conflito.
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Uma manifestação, a segunda desta terça-feira, reuniu milhares de pessoas junto ao parlamento de Tbilissi e contou com a presença do presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili.
Segundo o jornalista do Diário Económico, Luís Rego, o protesto contra a intervenção russa na região respirou uma «grande euforia» e contou com muitas bandeiras georgianas, europeias e norte-americanas.
Na sua intervenção durante a manifestação, Mikhail Saakashvili, ao lado dos presidentes da Polónia, Lituânia, Estónia, Letónia, e Ucrânia, salientou que a Europa é o futuro da Geórgia e que aquela manifestação representa a vitória da democracia e da Geórgia europeia.
Na manifestação, organizada pelo executivo georgiano, ouviu-se ainda o hino europeu e espalharam-se vários cartazes com frases como «Rússia vai para casa» e fotografias do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, com o bigode de Hitler, segundo o jornalista do Diário Económico.
Num serviço especial para a TSF, Luís Rego adiantou que o sentimento que uniu os georgianos que participaram na manifestação foi sobretudo de alívio, tendo em conta que a maioria dos residentes no país tinha começado o dia a temer uma intervenção russa e agora sente o cessar-fogo como próximo.
Entretanto, as autoridades da Geórgia revelaram um novo balanço do conflito que opõe as forças georgianas aos militares russos na Ossétia do Sul, segundo o qual morreram 175 pessoas.
Por seu lado, o governo russo apontou que, só na região independentista da Ossétia do Sul morreram mais de 1600 pessoas, como resultado dos ataques das tropas georgianas.