Os presidentes francês e russo apresentaram, esta terça-feira, um plano em seis pontos para resolver o conflito russo-georgiano, prevendo o regresso dos beligerantes às suas posições anteriores às hostilidades.
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As partes devem comprometer-se a não «recorrer à força», a «cessar as hostilidades de modo definitivo», assegurar um «acesso livre à ajuda humanitária», as forças militares georgianas devem regressar «ao seu local habitual de acantonamento», enquanto as forças russas devem retirar-se «para as linhas anteriores ao início das hostilidades», declarou Sarkozy em conferência de imprensa conjunta com Medvedev em Moscovo.
O sexto ponto prevê «a abertura de discussões internacionais sobre o futuro estatuto e as modalidades de segurança duradoura na Abkházia e na Ossétia do Sul», os dois territórios separatistas pró-russos da Geórgia.
Sarkozy afirmou haver «um compromisso russo de garantir a soberania e respeitar a soberania da Geórgia», um ponto que «não tem qualquer ambiguidade».
Para o chefe de Estado russo, «está livre a via para uma normalização por etapas da situação na Ossétia do Sul».
Medvedev considerou ainda que a resolução do conflito russo-georgiano depende a partir de agora de Tbilissi, que deve retirar as suas tropas e aceitar o plano de paz negociado entre o chefe de Estado russo e o presidente francês.
Sarkozy, presidente em exercício da União Europeia, segue ainda hoje para a Geórgia, prosseguindo o seu trabalho de mediação.