O presidente norte-americano, Barack Obama, e o Ocidente querem fomentar a violência na Síria, disse à agência noticiosa France Presse uma responsável do Ministério da Informação sírio.
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As afirmações foram feitas depois de os Estados Unidos e a União Europeia terem pedido a saída do presidente Bachar al-Assad.
«É estranho que em vez de oferecerem ajuda (a Damasco) para aplicar o seu programa de reformas, Obama e o mundo ocidental procurem incitar à violência na Síria«, declarou Rim Haddad, directora de relações exteriores do ministério.
«Isso prova que a Síria é uma vez mais o alvo. Hoje de manhã, o presidente Bachar al-Assad comunicou a Ban Ki-moon (secretário-geral da ONU) a decisão do exército de pôr fim às operações militares e ontem o presidente encontrou-se com membros do partido Baas para discutir as modalidades de aplicação do programa de reformas», acrescentou.
O presidente norte-americano e os seus aliados ocidentais apelaram pela primeira vez ao presidente Bachar al-Assad para deixar o poder e os Estados Unidos reforçaram as sanções contra o regime, após cinco meses de uma repressão brutal do movimento de contestação popular na Síria, com o exército nas ruas de várias cidades.
«É importante lembrar que a escolha do presidente é uma decisão do povo», afirmou Rim Haddad.
Bachar al-Assad sucedeu no poder ao pai, que morreu em 2000, e foi reeleito para um mandato de sete anos em 2007. Era o único candidato.
Segundo organizações de defesa dos direitos humanos a repressão das forças de segurança síria contra a contestação popular ao regime de Assad já fez cerca de dois mil mortos.