A ministra do Trabalho e dos Assuntos Sociais de Itália não conseguiu conter as lágrimas ao anunciar publicamente este domingo uma controversa reforma do sistema de pensões.
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Haverá poucas pessoas em Itália com tanto ou mais tempo dedicado ao estudo do estado social e do sistema de pensões. Por isso, Elsa Fornero foi uma escolha óbvia para ocupar a pasta do chamado governo técnico italiano pós-Berlusconi.
Elsa Fornero integrava, até à entrada no executivo, o conselho de administração do segundo maior banco italiano, o Intesa Sanpaolo, de onde saiu também o número "dois" do governo, para a pasta do Desenvolvimento Económico.
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Professora universitária na Universidade de Turim, tem trabalhado para a principal confederação patronal italiana, para as instituições europeias e para o governo italiano sobre a sustentabilidade do sistema de pensões.
Quando Berlusconi tentou resistir à crise italiana, perante os parceiros europeus, foi precisamente tentando adiar a reforma dos sistema de pensões.
A professora Fornero desenhou, há mais de dez anos na universidade, um conjunto de opções para essa mudança e uma outra sobre o travão ao endividamento publico.
Agora, pôde passar à acção. Mas quando as anunciou, chorou e a voz ficou embargada.
No país que viveu as últimas duas décadas habituado aos golpes de teatro de Berlusconi, logo se disse que tudo não passava de uma encenação.
Mas as segundas leituras, esta segunda-feira nos jornais italianos, dão um tom de seriedade ao acontecimento.
Antes de entrar para o governo, Elsa Fornero, tinha como experiência politica uma passagem como conselheira municipal em Turim.
Tem 57 anos, e é casada com um economista, também professor da Universidade de Turim.