Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros crítica a decisão das autoridade de Dili, que considera grave e desproporcionada.
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São quatro quatro parágrafos carregados de adjetivos duros sobre o que está acontecer.
Preocupação, desconforto, situação deplorável e grave, medidas claramente desproporcionadas. É nestes termos que a diplomacia portuguesa reage à ordem de expulsão dada a sete cidadãos nacionais.
O Governo garante que tem estado a acompanhar todo este caso, na sequência da decisão do governo de Timor-Leste que envolve funcionários judiciais internacionais e respetivas assessorias.
Lê-se no comunicado que o Governo português deplora as súbitas revogações de vistos e autorizações que tinham sido concedidas aos portugueses e que agora são agora suspensas.
O executivo considera esta atitude de Dili claramente desproporcionada e grave. Considera também que haverá outras razões, que não as invocadas pelas autoridades timorenses. Razões alheias, lê-se no comunicado, ao desempenho das tarefas atribuídas aos funcionários internacionais.
O Ministério de Rui Machete diz que nos últimos dias foram realizadas sucessivas diligências e contactos político-diplomáticos de alto nível.
Garante ainda que o Governo admite reavaliar a participação portuguesa em futuros programas de cooperação com Timor-Leste na área da Justiça e da luta contra a corrupção. Tudo ficará dependente dos esclarecimentos que venham a ser prestados pelas autoridades timorenses.
Esta noite, a edição online do Expresso cita fontes judiciais para dizer que os portugueses atingidos acreditam que a decisão está relacionada com a prisão de uma antiga ministra da Justiça e com as acusações contra a atual ministra das Finanças de Timor, que é suspeita de crimes económicos.