Até ao momento, a vacina da Pfizer apresentava os resultados mais promissores, com 90% de eficácia contra a Covid-19.
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A Farmacêutica Moderna anunciou que a vacina que está a desenvolver contra o novo coronavírus revela uma eficácia de 94,5%, acima da taxa de sucesso anunciada pela Pfizer (90%).
A vacina resultará de uma parceria com a Universidade de Oxford. A empresa de biotecnologia Moderna reduziu em 94,5% o risco de contrair a doença no grupo vacinado, em comparação com o grupo placebo do grande ensaio clínico, em curso nos Estados Unidos da América, noticia a AFP.
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Henrique Veiga Fernandes, diretor de investigação da Fundação Champalimaud, considera que a taxa de eficácia da vacina é uma excelente notícia. Ouvido pela TSF, Veiga Fernandes resume os resultados em duas palavras.
"Esperança e confiança. Este é o resultado de muitos anos de trabalho. Pensamos que a investigação começou no início da pandemia, mas foi muito antes. A vacina da Moderna e a da Pfizer são baseadas numa tecnologia completamente nova e disruptiva", explica.
Comparando com a vacina da Pfizer, há diferenças assinaláveis entre os dois fármacos, nomeadamente na conservação e transporte.
"Ao contrário da vacina da Pfizer, que tem de ser mantida a temperaturas muito baixas, esta vacina pode ser conservada a -20ºC, num normal congelador. Podendo ser conservada a 4ºC durante um mês. Poe chegar aos quatro cantos do mundo de uma forma simples", assegura.
Veiga Fernandes enaltece ainda que todas as vacinas que estão a ser desenvolvidas se complementam. No entanto, as taxas de eficácia ainda podem sofrer alterações.
"Esta fase final ainda não está terminada. Todos os resultados são preliminares. A variação pode ser de mais cinco por cento, ou menos cinco por cento", diz.
A AstraZeneca está, igualmente, na fase final do desenvolvimento da vacina e dentro de dias apresentará os resultados de eficácia.
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