Moscovo e Kiev assinaram hoje, dia em que a Crimeia decide em referendo o regresso da sua ligação à Rússia, uma trégua para a região da Crimeia até ao próximo dia 21.
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«Foi assinado um acordo entre os nossos comandos... para uma trégua na Crimeia até ao dia 21 de março», afirmou o ministro da Defesa ucraniano, Igor Tenyukh, à saída da reunião do Conselho Ministros, noticiou a agencia de noticias Interfax citada pela AFP.
O governante adiantou que as tropas da Ucrânia na Criméia permanecem em alerta máximo, mas que a situação no terreno estava calma.
Desde que Viktor Ianukovich foi afastado da presidência da Ucrânia pelo parlamento, em fevereiro, após meses de contestação na rua, os soldados russos assumiram o controlo efetivo da Crimeia.
A Rússia, que tinha bloqueado a entrada e saída de navios ucranianos (e o acesso às bases), comprometeu-se a deixar de o fazer até sexta-feira 21 de março.
Entretanto, o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, apelou ao envio «urgente» de observadores estrangeiros para as regiões Este e Sul do país.
Numa declaração hoje divulgada e citada pela APF, o Governo de Kiev diz ter «pedido que a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) envie urgentemente uma missão de monitorização à Ucrânia».