Os motins do início de Agosto em Londres custaram pelo menos 106 milhões de euros às autoridades, confirmaram o presidente da Câmara e o chefe da Scotland Yard, questionados por uma comissão parlamentar.
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A factura com a operação policial foi de 40,4 milhões de euros, mas a despesa mais do que duplica para 84 milhões de euros se forem contabilizados outros custos paralelos, indicou o presidente da Câmara de Londres, Boris Johnson.
A Polícia Metropolitana, que é responsável pelos prejuízos materiais decorrentes dos motins, recebeu ainda 100 pedidos de indemnização no valor total de 10,6 milhões de euros, acrescentou.
Segundo o chefe da força policial, Tim Goodwin, em declarações à comissão parlamentar sobre assuntos internos, os encargos deverão ser cobertos pelo Governo.
No seu testemunho, Boris Johnson concordou com a análise do ministro da Justiça, Kenneth Clarke, de que o sistema penal britânico tem alguma responsabilidade na violência registada no início de Agosto.
Durante quatro dias, entre 06 e 09 de Agosto, lojas foram pilhadas e vandalizadas, edifícios e veículos foram incendiados e registaram-se confrontos com a polícia, primeiro em Londres e depois em várias cidades inglesas.
Os tumultos resultaram em mais de três mil detenções e mais de metade foram acusados.
Kenneth Clarke argumenta hoje, num artigo publicado pelo diário The Guardian, que «perto de três quartos daqueles com 18 anos ou mais acusados com delitos nos motins já tinham condenações anteriores».
Boris Johnson afirmou que o ministro «estava certo quando referiu os problemas no sistema judiciário».