A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras avisa que sem mais intervenientes internacionais para lutar contra o ébola não é possível fazer frente à epidemia. O alerta é feito no dia em que ficou a saber-se que na Libéria a doença continua a avançar.
Corpo do artigo
Na Libéria, o país mais afetado pelo ébola, a doença já chegou a todas as províncias depois de terem sido confirmados novos casos no sudeste do país, perto da fronteira com a Costa do Marfim. No total, só na Libéria, já morreram 576 pessoas.
No combate ao vírus ainda há muito trabalho pela frente. A diretora internacional dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) voltou a sublinhar que falta uma liderança forte, com conhecimento, para impôr uma estratégia nacional a nível de cada país afetado.
Para Joanne Liu, sem mais intervenientes internacionais para lutar contra o ébola não é possível conter a epidemia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já anunciou a preparação de um plano de luta contra o vírus para os próximos seis a nove meses. Para setembro, em Genebra, está marcada uma consulta sobre uma potencial vacina, já testada, com resultados promissores.
O surto de ébola terá começado em dezembro, na Guiné-Conacri. Depois chegou à Libéria, Serra Leoa e Nigéria, onde foram hoje detetados mais dois casos.
No total, o último balanço indica que são já 2.615 as pessoas que contraíram a doença. Este último balanço da OMS revela que já morreram 1.427 pessoas vítimas do ébola.