Os espanhóis residentes no estrangeiro queixam-se do excesso de burocracia para votar. À burocracia pode juntar-se a demora da chegada dos papéis. Só pouco mais de 6% dos espanhóis a viver no estrangeiro pediu para votar nas eleições Legislativas.
Corpo do artigo
O processo não é propriamente complicado, mas muitos acham que dificulta a vida aos que querem votar e vivem no estrangeiro. Guillermo de Llera, presidente da Casa de Espanha em Portugal vai mais longe e diz mesmo que "parece haver espanhóis de primeira, os que vivem em Espanha, e os de segunda, que são os que vivem no estrangeiro".
Os números indicam que só pouco mais de 6% dos espanhóis a viver no estrangeiro pediu para votar nas eleições legislativas de 20 de dezembro. No total são pouco mais de 115 mil pessoas. Um número que fica muito abaixo do desejado pelos principais partidos que, nos programas, incluíram políticas de incentivo ao regresso dos emigrantes.
Em Portugal o cenário é ligeiramente diferente. Vivem em permanência em território nacional mais de 10 mil espanhóis; perto de 11% pediu o voto. Guillermo de Llera acredita que, talvez por uma questão de proximidade geográfica, o interesse é maior.
José Acer, presidente da Sociedade Espanhola de Beneficência explica que o processo é "um bocadinho complicado". Primeiro é preciso pedir o voto, depois esperar pelos papéis que, em muitos países podem demorar a chegar, e depois ir às urnas. Tudo tem obedecer aos prazos estipulados.
O processo de voto no estrangeiro tem motivado várias críticas e até levou à criação do movimento Dos Millones De Votos (Dois Milhões de Votos) formado, entre outros, pelo antigo juiz Baltazar Garzón.