O Museu do Holocausto dos Estados Unidos anunciou hoje ter recuperado o diário de um quadro nazi, que está disponível 'online' para promover o conhecimento sobre o extermínio de judeus e outras minorias orquestrado por Adolf Hitler.
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O Museu do Holocausto, situado em Washington, tentou, durante anos, recuperar o diário de Alfred Rosenberg, fiel do ditador alemão e um dos principais autores e promotores da teoria da supremacia da raça ariana.
«Hoje, a busca termina», regozijou-se a diretora do museu, Sara Bloomfield, na cerimónia oficial de transferência para as autoridades federais americanas das 425 páginas, manuscritas e datilografadas, que constituem o diário.
Depois de ter passado por várias mãos, o documento estava agora na posse de um editor académico americano, que o terá recebido de um dos promotores públicos envolvidos nos julgamentos de Nuremberga.
Desaparecido desde 1946, quando terminaram os julgamentos de Nuremberga aos crimes cometidos pelo regime nazi, o diário de Rosenberg ilustra, ao longo de um período de dez anos, com início em 1934, o plano racista que conduziu ao extermínio de seis milhões de judeus e cinco milhões de pessoas de outras minorias étnicas ou sexuais.
Capturado pelas tropas aliadas no final da II Guerra Mundial, Rosenberg foi condenado em Nuremberga e executado em outubro de 1946, aos 53 anos.