O anúncio foi feito, esta sexta-feira, pelo secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen, um dia depois do anúncio da morte de Muammar Kadhafi, o líder líbio derrubado do poder.
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Os representantes dos 28 países membros da Nato chegaram em Bruxelas a «um acordo preliminar» para por termo a 31 de Outubro à operação marítima e aérea iniciada a 31 de março na Líbia, disse Rasmussen, durante uma conferência de imprensa.
O Conselho da Aliança voltará a reunir-se no início da próxima semana para formalizar esta decisão, tendo o Conselho Nacional de Transição (CNT) previsto proclamar no domingo a «libertação» da Líbia.
«Até 31 de Outubro, vamos acompanhar com atenção a situação e manter a possibilidade de responder a ameaças contra civis», referiu Rasmussen.
«Estou muito orgulhoso do que conseguimos em conjunto com os nossos parceiros, incluindo muitos da região», adiantou.
A partir de dia 31, a Nato «não tem intenção de manter forças armadas nas imediações da Líbia», precisou. «Será um fim limpo», considerou.
Os responsáveis da Nato chegaram a esta decisão durante uma longa reunião na sede da Aliança em Bruxelas, na qual debateram a oportunidade de declarar o fim do conflito sem esperar mais.
O fim da operação da Nato na Líbia foi «recomendado» ao Conselho pelo chefe do comando aliado, o almirante norte-americano James Stavridis.
Vários países, incluindo a França e o Reino Unido, defenderam a necessidade de uma certa prudência na retirada, pretendendo a manutenção de parte do dispositivo, até que a situação estabilize e o CNT esteja em condições de garantir a segurança no conjunto do território líbio.
Rasmussen escusou-se a comentar a morte de Kadhafi, alegando que «nunca foi um alvo da operação da Nato». O secretário-geral da Aliança referiu ainda esperar que as novas autoridades líbias respeitem «os princípios da democracia», incluindo «a transparência», numa alusão às condições da morte de Kadhafi.