Dois dias depois do sismo, um dos guias turísticos do Nepal descreve Katmandu como um acampamento gigante. Em declarações à CNN, Alok Tumbahangphey diz que a prioridade é agora ajudar os que continuam na rua e que precisam de comida, água e medicamentos.
Corpo do artigo
Este guia turístico conta que as réplicas constantes levam a que quase toda a gente durma na rua e que, por isso, são necessárias tendas e plásticos para fazer abrigos.
Em entrevista à televisão CNN, Alok Tumbahangphey queixa-se de falta de coordenação, centralizada e eficaz, por parte das autoridade e receia que o Nepal não esteja devidamente preparado para distribuir devidamente a ajuda internacional que começa a chegar ao país.
[twitter:592639597898694657]
Este guia turístico diz também que em Katmandu não se sabe de que forma o governo está a realizar as operações de salvamento nas áreas fora da capital e teme que, com o passar dos dias os números da catástrofe atinjam dimensões ainda maiores.
O número oficial de mortos na sequência do forte sismo que atingiu no sábado o Nepal supera os 3.700, segundo um novo balanço das autoridades locais. O Ministério do Interior nepalês indicou que o número oficial de mortos situa-se neste momento nos 3.723, mantendo-se sem alterações o balanço dos feridos: 6.535.
O sismo, de magnitude 7,9 na escala de Richter, foi registado no sábado e teve o epicentro a cerca de 80 quilómetros da capital nepalesa de Katmandu. O abalo foi sentido noutros países, como Índia, Bangladesh e China, e provocou avalanchas nos Himalaias. Fortes réplicas foram sentidas no domingo.