O primeiro-ministro israelita, Benjamín Netanyahu, classificou como um «incidente sério» o assalto à embaixada de Israel no Egipto e agradeceu o apoio do presidente norte-americano.
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«O ataque em massa à embaixada de Israel no Egipto é um incidente sério, mas podia ter sido pior se os agitadores tivessem conseguido atravessar a última porta e ferir a nossa gente», afirmou Netanyahu.
«Fico contente por termos conseguido impedir um desastre e queria agradecer ao presidente dos EUA a sua ajuda», adiantou.
Entretanto, o primeiro-ministro egípcio convocou hoje uma reunião do gabinete de crise enquanto forças da ordem foram destacadas em massa para perto da embaixada de Israel no Cairo depois do assalto.
Cerca de 450 pessoas ficaram feridas, segundo o ministério da Saúde egípcio. Um dos feridos morreu de ataque cardíaco.
A embaixada de Israel no Egipto foi invadida sexta-feira por manifestantes egípcios que atiraram documentos pelas janelas e retiraram a bandeira israelita, apesar da presença das forças de segurança.
Os manifestantes armados com martelos, barras de ferro e cordas derrubaram um muro de protecção erigido nos últimos dias pelas autoridades egípcias em torno do edifício da missão diplomática.
O embaixador israelita no Egito, Yitzhak Levanon, bem como todo o restante pessoal da embaixada deixaram o Cairo e já estão em território israelita. No Cairo, apenas ficou o número dois da embaixada israelita.
Esta foi a primeira vez que a embaixada foi atacada com tal violência desde a assinatura da paz entre os dois países.
O ataque ocorreu depois de uma concentração de manifestantes na grande praça Tahrir no Cairo para exigir reformas e democracia, sete meses depois da queda do presidente Hosni Mubarak e do exército ter assumido o controlo do país.