A empresa de desporto rescindiu o contrato que tinha com o pugilista há mais de 8 anos.
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Em comunicado, a Nike anuncia que deixou de "ter uma relação com Manny Pacquiao" e classifica os comentários do pugilista como "abomináveis". A empresa de desporto norte-americana garante que se opõe "ferozmente a qualquer tipo de discriminação" e diz que "um longo historial de apoio e defesa da comunidade LGBT" (lésbicas, gays, bissexuais e transgénero).
Na segunda-feira, numa entrevista à televisão filipina, Pacquiao disse que os homossexuais "são piores que os animais". "Veem animais a ter relações homossexuais? Os animais são melhores, sabem distinguir o masculino do feminino", disse.
As declarações não foram bem recebidas e deram origem a uma petição online que pedia à Nike para deixar de patrocinar o pugilista, oito vezes campeão mundial. A empresa de desporto parece ter ouvido as vozes de contestação e anunciou esta quinta-feira a rescisão de contrato.
Pacquiao é candidato ao Senado das Filipinas nas eleições previstas para maio. Depois das declarações polémicas, grupos de defesa dos direitos homossexuais apelam ao boicote ao voto no pugilista.
No dia a seguir aos comentários sobre o casamento homossexual, Pacquiao pediu desculpa. Num vídeo colocado no Twitter, disse no entanto que continua a ser contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.