Este é o sétimo título honorífico que Aung San Suu Kyi perde no último ano.
Corpo do artigo
A Nobel da paz birmanesa, Aung San Suu Kyi, perdeu o prémio Liberdade de Edimburgo por recusar condenar a violência contra o povo rohingya, em Myanmar. Este é o sétimo título honorífico que é retirado à ativista no último ano.
Apesar de ser conselheira de Estado em Myanmar, Suu Kyi recusou várias vezes falar contra a violência cometida pelos militares contra os Rohingya no estado de Rahkine, que viu mais de 700.000 pessoas fugirem para o Bangladesh.
A limpeza étnica, que começou em agosto do ano passado, tem resultado em aldeias destruídas, dezenas de milhares de mortos e mulheres agredidas e violadas pelas mãos dos militares.
Suu Kyi recebeu o prémio em 2005 para homenagear o seu papel na defesa da paz e da democracia na Birmânia, onde vivia em prisão domiciliar.
Na altura, o reitor de Edimburgo comparou a ativista a Nelson Mandela, descrevendo-a como "um símbolo de resistência pacífica contra a opressão."
Esta é apenas a segunda vez em 200 anos que Edimburgo retirou o prémio de liberdade da cidade. A primeira vez que o título foi revogado, de acordo com o The Guardian, aconteceu em 1890, quando Charles Parnell, um nacionalista irlandês caiu em descrédito por uma acusação de adultério.