O suspeito dos ataques de Oslo diz que a sua organização tem duas células na Noruega e várias no mundo ocidental, disse o seu advogado, numa conferência de imprensa, na capital norueguesa.
Corpo do artigo
Segundo Geir Lippestad, a primeira audiência de Anders Behring Breivik em tribunal, na segunda-feira, foi fechada por receio das autoridades de que o suspeito enviasse sinais para outras células.
Breivik confessou a autoria dos ataques de sexta-feira em Oslo e na ilha de Utoeya, nos quais morreram 76 pessoas, mas declarou-se inocente da acusação de terrorismo, argumentando que agiu para salvar a Europa.
Os alvos dos ataques foram o edifício que alberga a sede do Governo trabalhista da Noruega, no centro de Oslo, e um campo de verão da juventude do Partido Trabalhista na ilha de Utoeya, perto da capital.
O advogado, que disse ser membro do Partido Trabalhista, afirmou que não vai receber instruções de Breivik e que alguém tem de o defender. «O sistema legal é muito importante, alguém tem de fazer este trabalho», disse.
Lippestad considerou que os ataques e a forma como foram cometidos demonstram que o suspeito «é louco» e uma pessoa «muito fria».
Breivik «detesta todos os que acreditam na democracia», disse o advogado, acrescentando que o seu cliente considera que os ataques foram «necessários» porque a Europa vive em estado de guerra.
O suspeito ficou «surpreendido por ter atingido os seus fins» e «esperava ser morto» durante os ataques, disse.
Segundo o advogado, a família de Breivik não pediu até ao momento para o ver.
Entretanto, quatro dias depois dos atentados, as autoridades norueguesas reabriram oito ruas ao trânsito.