Autoridades gregas continuam a operação de busca por sobreviventes no Mediterrâneo. Pelo menos 79 pessoas morreram e há centenas de desaparecidos.
Corpo do artigo
Pelo menos nove pessoas foram detidas na Grécia na sequência da investigação ao naufrágio da passada quarta-feira no mar Mediterrâneo, anunciaram as autoridades gregas. Os homens sob custódia das autoridades, no porto de Kalamata, são de nacionalidade egípcia e são suspeitos de tráfico de migrantes.
Cerca de 80 pessoas morreram, mais de 100 foram resgatados com vida e centenas de pessoas continuam desaparecidas enquanto a guarda costeira prossegue as buscas. A embarcação de pesca terá partido da Líbia com destino a Itália, mas a agitação do mar provocou o naufrágio.
Entre os detidos, não se encontra o comandante do navio de pesca que se afundou. Ele tb terá morrido no acidente com o barco de pesca que transportava cerca de 750 migrantes.
Durante a noite, houve manifestações em várias cidades gregas. Em Atenas, o protesto contra as politicas migratórias da União Europeia juntou cerca de 8 mil pessoas.
Alguns manifestanates atiraram 'cocktail molotov' contra a polícia de choque, que respondeu com gás lacrimogéneo. O antigo primeiro-ministro grego e agora líder da oposição, Alexis Tsipras, acusou a política de migração da União Europeia de transformar o Mediterrâneo em águas de morte.
Quando chefiava o governo, Alexis Tsipras tomou medidas duras contra os migrantes, construindo muros nos campos e reforçando o controlo das fronteiras. A Grécia tem agora um governo interino, à espera das eleições da próxima semana.